quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Tela de 2009

Pois é, sem que se desse conta, mais um ano que termina.
Parece que passou ainda mais rápido que o anterior, que já tinha passado a voar…
O que resta senão fazer um balanço? Lançar um olhar repentino sobre o ano que hoje termina e encarar o novo que se aproxima a todo o vapor, com o maior dos optimismos?

Pode dizer-se que o presente não existe, é apenas a ténue fronteira do passado para o futuro. Mas ao mesmo tempo, não é menos verdade, que a única coisa que verdadeiramente conta é o presente, porque um não é nosso, porque já lá vai - o passado - e o outro porque, por muito que façamos, nunca o conseguiremos agarrar - o futuro.

Eu fiz o meu balanço e por isso, em vez de estar aqui a enviar mais uma mensagem de Feliz Ano Novo, partilho com todos vocês esse mesmo balanço.
Uma amálgama de incertezas, uma continuidade de reveses, uma roda viva de emoções. Um desabar em lágrimas, um estonteante sorriso, um sentir de amor desmedido. Um espectacular sonho, um medo. Um aviso constante, o guardar de um segredo. E uma força teimosa, que me impeliu para a frente!

Foi escrever e descrever. Foi prazer e melancolia. Foi concretizar mais ideais, foi maravilhar-me com novas melodias.

Descobri que a amizade é algo muito volúvel... os amigos que mantemos mais perto nem sempre se revelam os mais presentes, por vezes esfumam-se no ar, como um bafo quente num dia frio de inverno. Agora estão, mas quando olhamos já se foram. Também percebi que a distância em nada afasta as pessoas, por vezes até as aproxima mais, e quando a amizade é pura e do fundo do coração, mesmo estando longe os nossos amigos estão sempre atentos e prontos a avançar ao mínimo grito de ajuda, por mais surdo que seja.

Clicar em cim para recordar alguns momentos do ano 2009:

É olhar para uma tela, numa sala de cinema e ficar estonteada com a beleza que está nela.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Hum.... se ganhasse o euromilhões
















Gostaria que estas fossem as minhas próximas leituras...

sábado, 26 de dezembro de 2009

um sorriso para alguém especial

«Since You're Happy, I'm Happy Too.»

Ode à Família

A minha família merece ser festejada, apoiada, promovida, acarinhada todo o ano, como estrutura que constitui a base da minha vida.


Eu amo os meus pais, irmãos, avós, tios, primos! No Natal temos sempre o hábito de nos reunirmos todos, e é sempre tão bom! Somos imensoooos... paira sempre muita alegria no ar.

Foi na família e com a família, que aprendi a comer, a chorar, sorrir, a amar, a “ser”; que aprendi a gatinhar, a falar, a andar, a brincar; que aprendi a relacionar-me, isto é, a “criar laços” uns com os outros, mesmo descobrindo que os outros são diferentes de mim; que aprendi a crescer em todas as dimensões; que aprendi a distinguir o bem e o mal; que aprendi a ouvir “sim” e ouvir “não”; que aprendi a ajudar os pais, os avós, os outros; que aprendi a realizar pequenas tarefas rotineiras; que aprendi a conviver com a renúncia, o sacrifício, o trabalho; que aprendi a levantar-me cedo, vestir-me e comer rapidamente, sair de casa; que aprendi a chegar a casa e ver os pais exaustos de mais um dia de trabalho e canseiras, mas com disponibilidade para escutar; que aprendi a partilhar as alegrias e tristezas de cada dia; que aprendi a ouvir regras, conselhos, “ralhetes”; que aprendi a gerir os conflitos internos (e externos); que aprendi a gerir as nossas “mesadas”; que aprendi a ser progressivamente autónoma e responsável;

Hoje agradeço a família que tenho!

E relembro muitas crianças que aprendem, desde cedo, a sentir o rosto deprimente da mãe, os berros do pai, a assistir a zangas permanentes, a serem mal alimentados, a ficarem depositados numa creche ou numa escola, a sentirem que os pais não têm tempo para elas (quando, afinal, não pediram para nascer), a ficarem fechados na rua, entregues a elas mesmas, a sentirem-se órfãs de pais vivos, a sentirem-se “não amados”, a sentirem-se a mais nesta vida.

Mas também é na família que tantas crianças aprendem a ser o alvo permanente de todas as atenções, a ter sempre alguém que faça as coisas por elas e a dar-lhes muitas coisas para se entreterem, a ficarem, desde tenra idade, com muitas actividades e com o tempo muito preenchido para serem muito cultos, a só ouvirem a palavra “sim”, a fazerem o que lhes apetece, a terem os pais com a grande preocupação de as libertar das preocupações, a ver o pai separado da mãe, a conviver com outros “pais”, outras “mães” e outros “irmãos”, a passar fins-de-semana e férias, ora com uns, ora com outros...


A família é a base de tudo... e também eu reconheço que tantas e tantas desvalorizo isto!

Vá, tirem um! Hoje estou generosa :-)

Fragmentos...

perco-me neste Inverno soalheiro, por recordações passadas, aventuras vividas, saudades estranhas que me assolam os sonhos de quem quer estar onde não está, mas também não sabe onde poderia estar.. passo os olhos por memórias registadas de sentimentos que vivi.. embaraço-me comigo mesma.. e pergunto-me onde estás.. onde páras.. ali na Ásia, aqui na Europa, lá mais para o deserto?.. perco os olhos entre as minhas e as tuas imagens.. diferentes e iguais.. que me trazem diferentes memórias, as tuas, as minhas e as nossas, que não consegui do mesmo modo registar.. ouço, lá fora, o barulho do vento que teima em levar tudo...
É bom poder parar para observar o que nos cerca , recusando uma visão uniformizante das coisas.

Aprende a sentir o cheiro da terra, o murmúrio das folhas, o canto da água que cai no tanque. Aprende a ouvir o silêncio. Sabes ouvir o silêncio das coisas?
A vida é para ser encarada de olhos bem abertos e atentos. Sem indecisões. A linguagem do silêncio é fácil de captar. Basta deixar o coração prendê-lo. Porém, a maioria das pessoas não gosta de o ouvir, porque ele funciona como uma espécie de confessionário, percebes? Raramente, as pessoas gostam de reconhecer-se no que o silêncio lhes diz e preferem atordoar-se com palavras desprovidas de significado e verdade. Mas o tempo encarrega-se, mais cedo ou mais tarde, de lhes mostrar que o silêncio está cheio de surpresas e quanto melhor o percebermos mais expressivo e rigoroso é...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Tempestade

Que noite!
Que susto!

Duas horas de reunião familiar no quarto dos pais, entre as 4h e as 6h....
Foi-se o portão, algumas árvores, a casota do cão, outro portão pequeno, algumas telhas..!

Vou agora para Lisboa, acompanhar o mano a um exame médico... para ele não ir sozinho! (Apetecia era ficar em casa..)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Serviço aos Sem-Abrigo

“Quando deres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem os teus vizinhos ricos; não vão eles também convidar-te, por sua vez, e assim retribuir-te. Quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. E serás feliz por eles não terem com que te retribuir; ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos.” (Lc 14, 12-14)

Seria a noite de serviço aos sem-abrigo... não um mero voluntariado! Naquela noite eu iria experimentar servir os "mais pequeninos", os "mais frágeis"... fazendo-me ainda mais pequena e frágil que eles. Sentando-me na mesma mesa, partilhando o mesmo alimento!

Após a oração em conjunto, onde estávamos presentes mais de 90 jovens, fez-se a distribuição dos grupos e dos locais... O meu grupo era fantástico, e foi enviado para o Martim Moniz, o local mais complicado a nível de prostituição e toxicodepência...

Chegámos, e dispusemos a comida na mala da carrinha, de modo a servirmos os sem-abrigo que se aproximassem... Demos uma volta pelo Largo Martim Moniz, e ruas nos arredores, a convidar os sem-abrigo que encontrássemos para tomar algo quente, uma sopa, feijoada, leite, bolachas, frutas, etc... Alguns já estavam aconchegados nos seus "cartões" para uma noite que ambicionava ser calma, apesar do frio que se sentia.

Aquilo que eu mais queria, era falar com eles, era "estar" e não apenas "dar" os alimentos... No início custa criar a relação de confiança... eles não se mostram muito abertos. Mas também varia de pessoa para pessoa. Contudo, percebi que são os sem-abrigo que nos escolhem. Eles é que nos abrem ou não as portas. Ganhei carinho especialmente por dois, que conversaram comigo e brincaram. Um até cantou rap, o rap da sua vida!

Cada sem-abrigo tem uma história. Interessante como muitos se culpam da vida que têm, dos erros que cometeram e continuam a cometer...

Um par de jovens, tão novinhos que vem pedir alimentos, e mete um pouco de conversa.

Pergunto ao Senhor X o que deseja comer, ao que ele responde que não está em maré de ser exigente, e que aceita tudo o que eu quiser dar. Ofereço um cachecol ao Senhor W, colocando-o no pescoço dele...

O Senhor Z conta-me os seus problemas, mas no seu olhar há um brilho que me fascina. Pergunto-lhe pelo Natal, ele fala-me da Passagem de Ano que vai ser na Ribeira com os seus amigos, "uma ganda festa" a noite toda...e convida-me para ir! Conta-me que dançam, cantam, à volta de uma fogueira. Retomo a conversa do Natal, perguntando-lhe se é mais importante que a Passagem de Ano. Ele responde: "Epah, claro! No Natal é o nascimento do menino Jesus". Eu sorrio de alegria! E digo: "Claro! E olhe que Ele nasce mesmo! Sente que Ele nasce na sua vida?" Ele diz convicto: "Sim, sinto!"... Olhando-o nos olhos, visivelmente emocionada acrescento: "Eu sabia. Nunca perca esse lindo brilho seus olhos. Jesus quer nascer aí, em si!" No final, despedimo-nos com um beijinho. Pode parecer estranho, dar um beijinho e um abraço a um homem da rua, que cheira mal, mas acima de tudo é uma lição de humildade. Ele ensinou-me a distinguir o que é essencial e isso mudou a minha postura a todos os níveis. Aprendi muito com ele... Ensinou-me a pensar globalmente, e agir localmente...não podemos ir com ideias de mudar o mundo. Eles já são tão marginalizados que só a nossa presença, de forma humilde, sem os agredir, chega para lhes transmitir bem-estar interior. E, por vezes, é só isso que podemos fazer.

O mesmo Senhor W a quem coloquei o cachecol, canta-nos o rap da sua vida. Noto que há sonhos, que há ambições, que há desilusões.. e que a rua é uma tentativa de fuga a uma vida com "pessoas normais"! Há um sentimento de rejeição pela sociedade que não entende que os sem-abrigo são como todos os outros, seres humanos que merecem ser respeitados e valorizados! Dou-lhe os parabéns! Foi o melhor rap que ouvi! Fantástico! Encorajei-o a não se conformar com a sua situação de vida actual e desistir de viver, mas sim ganhar uma nova esperança para o futuro de forma a actuar para modificar e melhorar a sua vida. Falou-me dos seus filhos! Disse que eu ia ficar babada se os conhecesse, que eles eram lindos! Perguntei-lhes a idade, um tem 8 meses e o outro 4 anos, penso! No final, em jeito de despedida ensinei-lhe a ele e ao amigo que o acompanhava e já estava bebado uma "despedida com as mãos".. e no final, ele disse que ainda me ia voltar a ver! Ah, e acrescentou que eu tinha bué jeito para ser jornalista. Eu tive uma reacção de admiração, ao que ele disse que estava a brincar. Aproveitei este acontecimento para lhe dizer que eu não sabia o que queria ser quando fosse grande, e pedi-lhe ajuda... Sabia que ele me ia ajudar! Ele ficou atrapalhado, olhou-me de alto abaixo imensas vezes e no fim disse: "Bem, só de corpo, sem a cara... devias ser da Polícia! Agora, assim, olhando para a tua cara.. Hum.. Ah, é MADRE TERESA! É isso!" Bem, que choque! Ele prometeu que não ia esquecer o meu nome... Obrigada! Um dia ainda nos vamos voltar a ver!

Alguns transparecem vontade e esperança de mudar o rumo da sua difícil vida, pois a maioria sobrevive em extrema pobreza e tristeza. E nestes casos, tentei dar algumas palavras de carinho, pois são pessoas que sofrem e que têm grandes necessidades, não apenas materiais, mas também psicológicas e emocionais. Por vezes, mesmo um sorriso e uma palavra de carinho e amizade podem ser suficientes para fazer a diferença.

Os meus companheiros de viagem


Nestas noites, tentam-se criar relacionamentos que geram "pontes" e coragem e força para dar volta à vida. Uma força que nem sempre é fácil de obter dadas as dificuldades diárias para comer, procurar um tecto, ter os cuidados de higiene básicos.

Existem também idosos sozinhos que vêm para a rua para ter companhia, sem dinheiro para se alimentar, muita fome e necessidade de atenção. Tempo é uma preciosidade que os sem-abrigo esperam que alguém lhe ofereça.

"Mais do que os julgar, é preciso ouvi-los".

Chego a casa às 1h30 e como estava pouco cansada (pouquíssimo!), fui ainda ver o email... E como NADA É POR ACASO! Deparo-me com um texto de MADRE TERESA de Calcutá.. Parece que naquela noite ela tinha algo a dizer-me:

«Maria pôs-se a caminho»

A vivacidade e a alegria eram a força de Nossa Senhora. Foi isso que fez dela a serva apressada de Deus, Seu filho, porque assim que Ele veio até ela, «pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha». Apenas a alegria podia dar-lhe força para partir rapidamente para as montanhas da Judeia, a fim de se tornar serva de sua prima. Acontece o mesmo connosco; tal como ela, devemos ser verdadeiras servas do Senhor e todos os dias, após a sagrada comunhão, apressar-nos a subir as montanhas de dificuldades com que deparamos ao oferecer com todo o coração o nosso serviço aos pobres. Dai Jesus aos pobres enquanto servas do Senhor.

A alegria é a oração, a alegria é a força, a alegria é o amor, é um fio de amor graças ao qual podereis captar as almas. «Deus ama aquele que dá com alegria» (2Cor 9, 7). Aquele que dá com alegria dá mais. Se encontrarmos dificuldades no trabalho e as aceitarmos com alegria, com um grande sorriso, nisto como em muitas outras coisas constatar-se-á que as nossas obras são boas e o Pai será glorificado. A melhor maneira de mostrardes a vossa gratidão a Deus e aos homens é aceitar tudo com alegria. Um coração alegre provém de um coração que arde de amor.

Comentário ao Evangelho do dia feito por : Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade

Segunda-Feira em Lisboa

Era segunda-feira, apetecia ficar na cama até mais tarde, mas levantei-me cedinho porque um grande dia esperava por mim!

Manhã: Estive com os avós, almocei com eles, comprei filhoses para o lanche, joguei dominó com o avô, escutei...
Tarde: Visita ao Museu das Comunicações com o M. Queríamos ver a exposição: "A Bíblia para todos", acabámos por ver todo o museu!



De seguida, demos um passeio pelas ruas da Baixa, e partimos de metro para o Campo Pequeno... A missa antes do serviço aos sem-abrigo era às 19h, na Igreja de Nossa Senhora de Fátima! Foi muito bonita.

Afinal, teríamos ainda de nos deslocar até à Igreja de Santa Isabel, no Rato, onde nos iríamos encontrar com os outros jovens voluntários. Juntos, partimos! Era a primeira que íamos... Eu estava ansiosa, há muito que esperava por esta noite de Serviço...

CAMPANHA: "SENTIR O NATAL"


"Entre nós, talvez mesmo ao nosso lado, existem muitas famílias necessitadas.
Convidamo-vos hoje a um olhar atento a esta realidade, participando connosco nesta campanha através da oferta de alguns géneros alimentares.
Com eles, o Centro Social Paroquial levará o seu sorriso a muitos lares.
Grupo de Jovens das paróquias de Torres Vedras"


Foi uma experiência muito boa, dar de mim, do meu tempo, para ajudar na recolha de alimentos, e também para deixar um sorriso e uma mensagem de esperança a todos os que contribuíram.

É curioso reflectir no que leva cada pessoa a contribuir... porque mesmo assim são muitas!

Penso que muitas vezes o lema “Aproveitar onde sobra para distribuir onde falta” não se enquadra...

Existem muitas pessoas com dificuldades, e com vontade de distribuir o que têm, e não o que lhes sobra pelos outros!

Uma situação "engraçada", foi a conversa que tive com duas senhoraa que vieram dar-nos alguns alimentos e uma delas disse: "Eu acho que vocês deviam dar um autocolante para comprovar que nós contribuimos.. As pessoas pensam que somos egoístas e deviam saber que nós ajudamos os outros!"
Enfim, será que é tão difícil dar sem esperar receber nada em troca?!

Obrigada A.M!

Catequese de Natal

Tinha acabado de chegar a casa do encontro 25 horas de Natal, e o que mais me apetecia era estar com a família... Mas ainda tinha de preparar a catequese! Tinha de fazer uma sequência dos objectivos, daquilo que eu queria levá-los a reflectir, das temáticas que iria abordar, e da forma como o iria fazer, através de exemplos o mais simples possíveis...

Foi a catequese mais bonita...
Eram aproxidamente 22h quando começámos!

Eles perguntavam-me: "Catequista, o que vamos fazer? Estamos curiosos!"
Mal eles imaginavam como eu me sentia..!
Começámos com a representação da Conversão de S.Paulo! Muito bonita! Uma reviravolta na vida deste homem!
"Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim."
Tudo o que Paulo diz ou faz, nasce da experiência de ser amado por Jesus. Esse amor que Cristo também nos tem a nós, toca o mais profundo de cada um. Por isso a fé não é acreditar numa ideia abstracta. É o impacto que o amor de Deus teve no seu coração.
PAULO RECEBEU UM GRANDE PRESENTE: A Luz de Deus que lhe transformou a vida!

Depois, peguei na temática dos presentes de modo a que eles tomassem consciência de que Jesus nos dá presentes todos os dias, e se O considerarmos como estranho corremos o sério risco de não O aceitar...
Porque quando Deus dá não olha a despesas, e os presentes d'Ele são sempre presentes de Amor. E qual foi o maior presente que Deus nos deu? O maior presente foi o Seu próprio filho, o menino do presépio! Este menino que anda constantemente à procura de um sítio para nascer...
O momento que provocou gargalhada geral na catequese foi aquele em que pedi dois voluntários. Dei-lhes a escolher um presente a cada um. Entreguei-lhe o presente embrulhado, e coloquei-lhes o desafio de serem submetidos a um teste de rapidez. Teriam de desembrulhar o mais rápido possível, aquele que dispendesse menos tempo, seria o vencedor! Como seria de esperar, rasgaram o embrulho todo! Então, pedi-lhe que reconstruissem os rasgos, com fita cola. Riso geral na plateia, expressão de admiração por parte do A. e do C. (voluntários). Dei-lhes uns 5 minutos, e eles finalizaram a tentativa de reconstrução do presente embrulhado.
Na nossa vida, também quantas vezes erramos, quando agimos mal, sem pensar, apenas porque os outros nos pedem, sem pensar nas consequências...
Depois, arrependemo-nos e queremos voltar atrás.. Pedimos desculpa, mostramos arrependimento, mas ficam sempre marcas, porque sozinhos não conseguimos reconstruir nada, não conseguimos fazer com que "tudo" volte atrás! Mas, a Deus nada é impossível! E Deus ama-nos tanto, que sempre nos permite "reconstruir" a nossa vida tal como fez com S.Paulo!

Somos então convidamos a olhar-nos!
Imaginem que pegam num copo de água. Olhem para ele. A água parece limpa. Exeperimentem olhar para o copo quando a luz do sol a atravessa. Agora percebem-se melhor muitas impurezas em suspensão na água. O mesmo se passa com a vida de cada um de nós. Se olharmos para ela à pressa, tudo parece estar bem. Mas quando olhamos para a vida à luz do Sol... quantas sombras e sujidades encontramos!A Palavra de Deus é a Luz do Sol que nos permite ver com mais verdade a falta de qualidade da nossa vida. É esta Palavra que nos recorda o grande Amor que Deus nos tem e que nos faz desejar uma vida mais luminosa.
Somos convidados a olhar para a nossa vida e descobrir com verdade e honestidade, as nossas falhas. Olhem que não é fácil de fazer. Há pessoas de 70 anos que se confessam dizendo a mesma lista de pecados de auando tinham 9 anos. Há pessoas que não percebem de que é que se trata: "Se eu não tenho pecados nenhuns!" Outros não conseguem passar de uma vaga sensação de culpa ou de vergonha.
Mas Deus convida-nos a superar tudo isto.
E se nós entendermos o Amor Infnito que Ele tem a cada um de nós (tão difícil de entender!), também compreendemos o quando Ele fica magoado! O quanto Ele chora, por ver que não somos pessoas mais felizes! Porque Deus é o próprio Amor, e somos todos convidados a VIVER POR AMOR!
Isto deve tocar cada um de nós, e se amamos realmente realmente Deus, a nossa dor torna-se uma oração chorada, uma oração/diálogo que fala a Deus do nosso pouco Amor. Convidei-os a vendar os olhos com um lenço, e a experimentarem a cegueira de S.Paulo. Em silêncio, com as vendas, música de fundo, luzes apagadas, espalhados pelo chão da sala meditaram nas vezes que disseram não ao amor. À medida que se achavam preparados para ir ao encontro da Luz, levantavam o braço e eram levados até a um sacerdote... Seguia-se uma breve conversa, mais longa noutras casos, e no final a absolvição dos pecados.

E depois, agradecer... Deus fica contente com o nosso caminho. Deus perdoou-nos; estamos contentes. Dentro de nós renasce a esperança. Por isso, fomos para a igreja e agradecemos-Lhe.
No final, um grupo de jovens da paróquia encenou uma peça realmente bonita sobre o mundo, a sua criação e o homem!

E como não poderia deixar de ser, esperáva-nos a ceia :)
A noite já ia longa, e foi um momento de convívio muito bom!

O Presente de Deus

"Eis a noite do Presente!
Deus não olha a despesas quando dá.
A sua natureza não está em medir e calcular.
A sua natureza é amar.
E, quando se ama, apenas uma coisa conta: tudo oferecer, tudo distribuir, tudo partilhar para fazer nascer nas pessoas amadas uma felicidade que permanece para além do tempo.

Eis a noite do Presente!
Deus não oferece nem ouro nem prata, nem bilhete gratuito de entrada no Reino!
É preciso desconfiar da acumulação de presentes demasiado brilhantes: revelam a incapacidade de dar algo mais do que objectos.
O presente é verdadeiro quando manifesta o desejo de se dar por amor.
Quando alguém ama, dá-se a si próprio.

Deus oferece-se ele próprio, com a sua eternidade e a sua divindade, com a sua Palavra e a sua vida.
Deus mete-se inteiramente no seu Presente!


O Menino do presépio é o Presente de Deus: o dom total e absoluto do seu amor!" Autor desconhecido


E tu? Estás disposto a acolher este Presente tão presente?!

CUIDADO:
Na nossa vida, não é normal oferecermos ou aceitarmos presentes de estranhos. Se um desconhecido nos oferecer um presente, facilmente desconfiamos. E se for Deus a oferecer-nos um Presente? Se Ele for para nós um estranho, podemos cair no erro de não O aceitar!

25 horas de Natal

É nestas alturas que me chateio pelo facto das palavras serem tão redutoras dos significados, por não conseguir organizar os sentimentos, e ressenti-los!

Começámos o encontro com um desafio muito complicado, o que me fez suspeitar que aquelas 25 horas não seriam nada fáceis.

Uauuuu, tantos presentes na nossa salinha!! São mesmo para nós?! Para cada um e para todos!
E podemos mesmo abrir? Hum... desconfio!
Eram mesmo para nós, e foram abertos com muita alegria porque...

Os presentes nada devem ter a ver com o comércio ou as boas relações a manter ou o pagamento de serviços. Com os presentes, precisamente, sai-se da comercialização onde tudo está regulamentado segundo a lei do “dou para que dês”.
Os presentes não pedem nada em troca. São gestos gratuitos de amor. São oferecidos unicamente por amor. Contêm o amor para todas as oferendas.
Com os presentes começamos a doar-nos a nós mesmos, fragmento após fragmento, porque é difícil entregar-se de uma só vez, inteiramente. Quando alguém ama, dá-se a si próprio e põe-se todo dentro do seu presente. Isto faz-me reflectir acerca das pessoas que vejo carregadas com sacos e sacos com coisas para dar. Decerto que em cada um daqueles presentes, não estão elas próprias. Se cada um colocasse um pouco de si, no presente que oferece, não seriam realizadas tantas compras de Natal!

Se regularmente se oferecem presentes não é senão para dizer: “Repara! Este presente é uma parte de mim mesmo. De momento estou ainda centrado em mim mesmo e o egoísmo ainda me domina. Trata-se de uma longa aprendizagem. Mas virá o dia em que me doarei a ti finalmente sem reservas. Este presente que te ofereço é o anúncio!
”Com os presentes oferecidos em verdade, cresce-se no amor e no dom.
No Natal, Deus oferece-se inteiramente, fica ao nosso alcance, homem como nós. Deus não olha a despesas quando dá. Não mede, não conta…O Menino do presépio traz todo o amor de Deus. Em Jesus Cristo, Deus oferece-se em Presente para a vida e a alegria da humanidade.
O Advento é o tempo de nos maravilharmos ante o presente de Deus. É também o tempo em que o Menino do Natal nos interpela à difícil aprendizagem quotidiana pela qual nos tornamos lentamente, em Dom e Presente para os outros.

A bela da 6ªf

Pensava eu que a última semana de aulas seria no "relax" (depois do teste de Sociologia de 2ªf)... Foi bem atribulada!

Agora já passou, mas cada vez que recordo o dia de 6ªf solto uma gargalhada! Contudo, grande parte dos acontecimentos tiveram muito pouca piada...

No dia antes, 5ªf tinha chegado a casa às 22h30, depois de um dia de aulas até às 19h e da reunião com o grupo de jovens... e toca de jantar e preparar as coisas para o dia seguinte, uma vez que iria directa da escola para Lisboa, onde passaria a noite, e por isso precisava de preparar a mala!
Sexta-feira cheguei atrasada à aula de AP, em que iria apresentar o projecto de Tamera, com o meu grupo. Para cúmulo, tinha-me esquecido do estojo em casa, onde estava a pen com o vídeo do trabalho... Nada de problemas, tudo seria igual. Mais recursos, menos recursos, o interesse do público-alvo seria o mesmo. Não valia a pena estar a chatear-me.

Recebi um alerta de um passatempo que estava a decorrer naquele dia, e cujo prémio seria um bilhete duplo para a peça de teatro "A Casa do Lago", no Teatro Rivoli. Ora, os 6 primeiros a responder ganhariam os bilhetes. Bastava escrever uma mensagem de Natal para os jovens de Portugal. Escrevi mais do que uma, pois queria ver se conseguia ganhar mais do que um bilhete duplo, para ir com o pessoal das "25h de Natal"!

Ora, e ganhei mesmo! No entanto, só aí é que me apercebi que a peça seria no Rivoli (Porto), e não no Tivoli (Lisboa), como me parecia ter lido! Bem, fiquei passada! Ainda perdi quase 45 min a escrever mensagens de Natal para os jovens de Portugal! Tratei logo de avisar que poderia oferecer os bilhetes aos concorrentes seguintes.

À hora de almoço, a reunião com o grupo de trabalho de Psicologia.. Gostei! Sempre quis dar uma aula fora do "normal", mas tinha algum receio de que não fosse bem aceite. Contudo, o grupo ficou boquiaberto e acolheu de forma surpreeendente a ideia. Espero que continuem com a motivação que demonstraram na 6f depois de eu ter partilhado com elas "histórias", tantas ideias, tantas ambições... E tanta vontade de trabalhar! E no meio disto, ainda se soltaram puras gargalhadas :-)

E depois, a conversa com o P.A.! "Gostamos muito de falar.", dizia ele. Falou-se de tudo e de tão pouco...
O que quero ser quando for grande (se algum dia o for)?
“Pensar o passado, para compreender o presente e preparar o futuro”
Saí com vontade de partir para o local onde estava o momento presente, para iniciar a grande caminhada, em direcção ao cume da Felicidade, o tal grande objectivo da vida.
Sái decidida a fazer dos meus passos "o aqui e agora", no momento presente. Sem, todavia, deixar de olhar para o passado, como lição, como factor de aprendizagem, e olhar para o futuro, como luz, como orientação apenas. Quanto aos fantasmas do passado, como as mágoas, ressentimentos e sentimento de culpa, e à ansiedade do medo e insegurança do futuro deixei-os ali, à entrada do caminho. Ali mesmo!

E no meio de tanto presente, atrasei-me! Cheguei à cantina quase às 14h20... hora a que as funcionárias já estavam a limpar o chão, mesas, etc.. Sorte a minha, ainda sobraram pratos para eu lavar! Como são umas queridas, lá me deixaram almoçar :)

Acabei por não apanhar o autocarro à hora que queria. E para maior alegria, ao chegar à paragem lembrei-me que as chaves de casa dos meus avós tinham ficado dentro do meu estojo (o tal que tinha a pen e que ficou em casa!). Brutal! Iria ficar à porta. Ou não! O tio lá resolveu a situação, e encontrou-se comigo no metro. Mal eu sabia que em casa dos avós me esperava um pouco de tudo... dar de comer, limpar, arrumar, vestir, falar, sorrir, ouvir, aconselhar, dar ânimo, tudo uma maravilha! Despedi-me, o que demora sempre muito tempo... entrar é fácil, mas sair!

Passou tudo num instante, porque tinha combinado encontrar-me com o M.! E que viagem de metro, que percursos, que indecisões, telefonemas, "ai que a minha caixinha mágica rebenta"! Uma emoção! Ai, que a A. está a chegar, e temos ainda de comprar o jantar! Toca a correr até às Amoreiras, onde o Encontro começou às 18h em ponto! Finalmente reunimos com a A., no Rato, grande alegria! Já nos esperavam na Casa Geral onde fizemos uma serenata, e fomos muito bem recebidos!

Oh, que emoção! Tantos presentes embrulhados.. Todos para mim, para ti, para eles, para nós? Seriam?! Iríamos descobrir!

Foi no dia 13 de Dezembro...


"Se não podes ser uma estrela no firmamento,
Sê uma candeia em tua casa."

Todos devemos ter metas na vida e lutar por elas. Quando não se nos impõem os objectivos a alcançar, andamos desanimados porque não temos motivação para lutar.
Um dia, li algures que Vítor Frankl, um psiquiatra judeu que viveu num campo de concentração, deu-se conta que os que tinham mais facilidade em sobreviver, não eram os sãos nem os jovens... O que determina se uma pessoa vive bem, é se tem um projecto para a sua vida; os que sobreviviam eram os que tinham alguém ou algo fora que os esperava... tinham um projecto... Esses tinham a capacidade de aguentar qualquer coisa para poder responder à chamada das suas vidas...

Há algum tempo que os meus avós paternos não vinham a nossa casa, não saíam da casa deles, por causa da falta de saúde da minha avó...
Este foi um dia muito especial, um almoço muito especial. Tenho a certeza de que este dia contribuiu para as suas melhoras.

Seria dia de colocar no presépio a ponte que simboliza a união entre a família!

Foi no dia 12 de Dezembro...

Tema 3- Ideais Pessoais
"Não permitas nunca que alguém venha a ti
e ao partir não vá melhor e mais contente."


Madre Teresa de Calcutá

Foi no dia 8 de Dezembro...

No início não sabia bem se a resposta seria Sim, ou Não... Mas tinha noção de que qualquer que fosse a resposta, iria traçar um pouco mais do meu caminho, e seria o reflexo das minhas prioridades.
Confesso que andava cansada mas feliz no que fazia, e não estava a dedicar praticamente tempo nenhum à escola.. tinha muitas coisas que me (pre)ocupavam. Ia às aulas, participava, tirava apontamentos, fazia uma ginástica enorme para conciliar tudo o que a escola me pedia com as actividades extra-escola.

Agora paro, sorrio, e penso:
O dia 8 de Dezembro foi mais um marco na minha caminhada...
Agarrei nas malas e parti juntamente com o grupo de actores da FAj para o Valado dos Frades.. veja-se lá, de comboio! Parti completamente livre, partimos...

E percebi nitidamente que são os ramos que fazem a árvore dar frutos... Partimos cheios de bolas coloridas (aquelas mesmo da árvore de natal), de frutos que cada um foi dando com as suas boas acções e alegria... E ALEGRIA: As danças nas carruagens do comboio, as músicas pelas Caldas da Rainha, e pelo Valado, os olhares e sorrisos trocados com os transeuntes, as gargalhadas que demos e provocámos nos outros... A alegria de partilhar com os outros tudo o que nos invadia o coração, através da encenação da vida de LA, que foi sempre um dar-se, desde tenra idade até ao entardecer da vida! Ah, e claro, a visita inesperada ao centro comercial.. :-)

Quando cheguei a casa, já bem de noitinha... arrumei a mala para o dia seguinte, e lembrei-me do teste de Matemática! Ups.. pensei estar tramada! Contudo, agora recordo que dormi tranquila!
Mal eu sabia, que a realização desse teste iria ser facultativa! Escusado será dizer que eu optei por não o realizar!

Deus tem tudo muito bem preparado e pensado, para cada um de nós. Coisas que na nossa vida às vezes não entendemos, podem preparar outras. Tudo o que vem de Deus é uma certeza sempre maior e mais maravilhosa, do que nós humanamente podemos imaginar. Porque confiamos, perdemos o medo e maravilhamo-nos com as mesmas coisas que à partida nos assustaram.

"Bem Aventurada aquela que acreditou,
porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu." Lc 1,45

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Natal?!

Eis-nos novamente naquela época maravilhosa do ano em que tudo está iluminado, desde ruas a montras a habitações, em que musicas melodicamente belas se ouvem nas ruas das cidades, em que muitas pessoas são invadidas por um lindo sentimento de solidariedade e compaixão em especial pelos mais desfavorecidos, em que as pessoas andam numa alegre correria de loja em loja, de centro comercial em centro comercial em busca daquela prenda especial para aquele familiar querido, não se podendo atrasar para não correr o risco de que esgote, em que a maioria das pessoas é invadida do sentimento especial da necessidade e da vontade de se reunir com a família, há ainda algumas pessoas que não se esquecem de fazer um presépio com o Menino Jesus, pois fica sempre bonito, num cantinho da casa e é tradição. Que época maravilhosa poderia ser esta senão o NATAL…
Eis-nos novamente no NATAL, Natal de paz e amor, Natal das famílias, Natal de preferência sem guerras entre os homens.

Hoje o homem vive este Natal, será que é isto o Natal? É assim o verdadeiro Natal???
Não, não é. O Natal, o verdadeiro NATAL, que foi ultrapassado por todos estes aspectos, celebra o nascimento de Jesus Cristo o Salvador, Aquele que Deus enviou para que morresse por nós e através do Qual fossemos salvos e tivéssemos a Vida Eterna. Não quero com isto dizer que não se ouçam ou cantem lindas melodias de Natal, ou que não se enfeitem as ruas com luzes, ou que não se reúnam as famílias nesta época, ou que não se dêem prendas especiais, ou que não se seja solidário ou tenha compaixão pelos mais desfavorecidos, claro sim, mas tudo isto DEVERÁ ser feito firmado e alicerçado na Fé em Jesus Cristo, celebrando o acontecimento que foi seu o nascimento, o nascimento do Salvador. As luzes, as musicas, o espírito de solidariedade, a reunião familiar são acções passageiras, na semana seguinte vem a passagem de ano e tudo isso se esquece, enquanto que Jesus veio para nos salvar, para nos dar Vida e Vida com abundância, a Vida Eterna. Não só não devemos esquecer isso, como aceitá-lo como Senhor e Salvador das nossas vidas e ai sim celebrar o seu nascimento todos os dias, logo comemorando o Verdadeiro NATAL todos os dias, com a Verdadeira Paz e Amor de Jesus.


"Disse-nos que não esperássemos dele sorte ou facilidades, mas sim o seu grande amor por nós e o remédio para a principal raiz dos males: o nosso egoísmo, o mau proceder, o apego ilusório ao que é passageiro...
Para isso Ele nos prometeu ensinamento, ajudas e acompanhamento... Mas, onde estão essas ajudas? Essa salvação do Deus feito Menino? Passado o Natal, não ficará tudo na mesma?
A esperança de quem tem fé é esperar na noite. Ouve-se a voz de quem grita “Estou aqui! Sou Deus! Conta comigo!”
Quem está no escuro quer ver o rosto de Quem promete... Ora esse rosto é cada um de nós, quando, tocados por Ele, fazemos como Ele: amamos, vamos ao encontro, estamos presentes!
Por isso o Natal é um convite a sermos o rosto do amor, os pés de Deus que vai, as mãos de Deus que faz.. Que cada um de nós realize gestos que respondam à esperança de quem precisa uma ajuda generosa a quem necessita, uma mensagem personalizada a quem nos esqueceu, uma presença sincera junto de quem vive só... e eis que ele descobrirá em nós o rosto da quem esperava, o sorriso do Menino do Presépio!
E eis que nós, que respondemos à esperança do irmão, sentimos no coração a inesperada alegria de a ter dado aos outros!
A recebê-la e a difundi-la, que todos experimentemos a esperançosa alegria do Natal."

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

"Não pode haver paz no mundo, enquanto houver guerra no amor"

Todos nós buscamos a paz, todos nós buscamos a justiça, e todos buscamos a liberdade.

Tamera, para mim, é um exemplo daquilo que o mundo devia ser. É um lugar para aprender aquilo que verdadeiramente significa ser um ser humano; é um sítio para descobrir o poder que há dentro de cada um de nós; é um local para ser de verdade aquilo que todos buscamos.
Muitos jovens e jovens adultos participam no desenvolvimento de Tamera e do seu trabalho para a paz de modo responsável. O seu poder de compaixão, a sua radicalidade e criatividade encontram uma perspectiva em Tamera que faz sentido: o treino em profissões para a paz, a implementação dum Movimento mundial para uma Terra livre e a participação num projecto para a verdade no amor.A Juventude toma parte na Educação Para a Paz Monte Cerro. Eles aprendem como agir com compaixão, inteligência e responsabilidade para um mundo futuro de paz.


"O que queremos não é ser normais, mas sim verdadeiros.
O que queremos não é somente lutar contra o antigo sistema, mas sim criar um novo sistema.
O que queremos é que o amor e a sexualidade sejam totalmente liberados do medo.
O que queremos é intensificar a nossa força de vontade na decisão consciente de servir pela paz - a paz interior e a paz exterior." (jovens de Tamera)



"As nossas crianças são os portadores do futuro do nosso planeta. Cada criança tem um poder directo, autêntico para a paz dentro dele ou dela. As crianças necessitam de protecção da loucura e violência do mundo de hoje e necessitam de adultos que ajam pela vida e contra a guerra com todo o seu poder. Elas necesssitam dum espaço onde viver e aprender com honestidade humana, confiança e um sentimento de casa. Elas têm muitos poderes para ajudar a proteger a vida, os animais, as plantas e as pessoas."



Porque passar um dia nesta comunidade de Tamera (Odemira) foi algo de fantástico..
São pessoas que dedicam a sua vida ao trabalho pela paz, à educação no amor, e isso é evidente pela alegria que manifestam, pelos sorrisos tão sinceros, pelas crianças tão verdadeiras.
Em todos os membros está presente o prazer de construir e o de desenvolver uma nova forma de pensar, o respeito perante a Vida, a participação na Criação, a solidariedade com todos os seus seres e o respeito perante os animais. O carácter das relações interpessoais é guiado pela prática do amor ao próximo, honestidade nas relações, verdade no amor e transparência entre todos os membros da comunidade, mas sobretudo pela substituição do culto do líder por uma aceitação da responsabilidade de cada um.
Obrigada por nos terem acolhido tão bem!
Espero pelo dia em que aí voltarei!
5 de Dezembro de 2009

Vamos?


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Saboreei...

Planear... é aquilo que eu tenho por hábito fazer...
Planear e planear e voltar a planear!
Planear as saídas com os amigos, planear os encontros, planear os almoços, planear a viagens, planear as reuniões, planear os dias...
Ultimamente não tem havido muito tempo para planear... e acho que isso tem tornado os dias muito mais saborosos! Por vezes as combinações de última hora podem tornar-se nos "melhores planos não planeados" de sempre!

Saboreei...
as palavras que disse e ouvi! As palavras não planeadas, nem pensadas.... as palavras sentidas e espontâneas!
Saboreei... a viagem não planeada de comboio, com uma companhia não pensada, depois de um longo dia de "missão cumprida"...
Saboreei... o rosto de cada uma das pessoas que por mim se cruzava, na estação, no comboio, no metro, na rua...
Saboreei... um somar de situações e pessoas que fazem a diferença...
Saboreei... o meu vaguear pelas ruas, a brisa fresca, a chuva que me batia no rosto, as mãos a gelar e os olhos brilhantes e atentos a cada novidade!
Saboreei... o ar puro, fresco e um cheiro a liberdade e desprendimento.
Saboreei... voltar a sentir que não é preciso usar todas as palavras, que não é preciso abraçar para dar um abraço.... que o amor é sempre apenas Amor!
Saboreei... o jantar a 6, os sorrisos, os risos das novidades e surpresas muito bem vindas, não fosse o tempo (ou a falta dele) andar a desviar os caminhos de uns e outros.
Saboreei... o quão bom é poder dar colo e fazer alguém sorrir o tempo todo sem esforço ou intenção... contar histórias e mais histórias, ver as estrelas no tecto do quarto e desejar "Boa noite"!
Saboreei... a tranquilidade de cair no conforto do sofá que gritava por um corpo caído e relaxado...
Saboreei... a surpresa de um anoitecer em que a tranquilidade chega e vai como um baloiço!
Saboreei... a noite diferente, em óptima companhia, e sem planos até acontecerem por si só.
Saboreei... ter tempo para os outros e para mim mesma.
Saboreei... acordar, sair e construir pontes noutros lados.
Saboreei... a partilha do almoço!
Saboreei... a entrega radical de cinco vidas cheias de uma História de Amor!
Saboreei... a abraço do aconchego de uma amizade duradoura.

Saboreei...
um fim-de-semana a voar, o sol brilhar e a chuva cair... e tudo o que aconteceu de forma não planeada....

A esperança e a desesperança

"Oh Ritinha, já vi muita coisa linda... já vivi muito! Os filhos cresceram, os netos estão cada vez maiores e mais bonitos..! Agora só peço a Deus que me leve. A vida já não é a mesma... Não tem sentido eu estar aqui a sofrer..."

E quando lhe respondo que gosto tanto dela agora, como antes... que continua a ser super importante para nós, que a amo com todas as letras, que a vida continua, e que há sempre esperança... Estarei a ser egoísta?

Ao falar da vida com tanta alegria e entusiasmo, estarei a ser egoísta? Estarei a acentuar ainda mais a tristeza daqueles que sofrem? Poderei, sem querer, provocar no outro um sentimento de incapacidade, pelo facto de não conseguir olhar a vida com esperança? Causar desesperança é tudo o que não desejo...
Porque eu amo tanto os que sofrem, como os que não sofrem... Porque eu amo tanto os que sabem sofrer, como aqueles que não o sabem... porque eu amo tanto os que confiam, como os que não confiam...

Porque no fundo, bem cá dentro as lágrimas caem e doem..
Sofrer bem é um dom! Saber falar a quem sofre também é um dom... Fazer silêncio junto de quem sofre é um dom!

Como lidar com alguém que já não encontra razões para viver? Que dizer?
Não sei..! Devo acompanhar e receber sem qualquer juízo tudo aquilo que sente e vive?
No fundo, todos queremos VIVER! Mesmo os que sofrem querem viver...! Mesmo os que sofrem precisam do OUTRO, precisam de sentir um abraço, precisam de ser acarinhados! Em muitas situações os afectos são a melhor cura!

Então, se alguém nos pede a morte... devemos também culpar-nos a nós desse pedido!
Se alguém nos pede a morte, está antes de tudo a pedir-nos a vida! Está a pedir-nos que estejamos ali, que continuemos a fazer parte da sua história pessoal... que a valorizemos e amemos incondicionalmente!
Não nos iludamos... a culpa muitas vezes é mesmo nossa!

A culpa é da nossa agenda que muitas vezes não reserva tempo para experiências de tempo perdido.... A culpa é da nossa agenda que não nos deixa ser pessoas de disponibilidade.. A culpa é da nossa agenda que tantas e tantas vezes não nos deixa perder o nosso tempo, sair fora do ritmo acelerado e entrar na ausência do tempo e da accção...

A culpa é nossa! Porque vemos a oração como tempo que não produz nada, e não produzindo nada, não serve também para nada! E aquilo que não serve para nada, deixa de ser realizado... Deixamos então de rezar, deixamos de dar tempo ao tempo perdido e ineficaz... E regressamos à nossa agenda, ao lugar da produção!
Ultimamente, tenho-me apercebido de que a oração é capaz de encher uma agenda, mas pondo cada tarefa no seu lugar!

Disponibilizarmos do nosso tempo para estar com aqueles que sofrem, com aqueles que são marginalizados, com aqueles que não vêm o sorriso da vida, com aqueles que não sabem o que é o conforto do lar, obriga-nos por vezes a sairmos do nosso ritmo acelerado, a fazermos cirurgias na nossa agenda, a quebrarmos rotinas e compromissos... a querermos o silêncio, para não perturbar a vida do outro, a sermos delicados, estando e olhando a beleza de cada um, principalmente daqueles que não esperam da vida outra coisa se não a espera da morte....

domingo, 29 de novembro de 2009

"Não te prendas"

E que fiz eu senão dar-me? E que fiz eu senão partir? E que fiz eu senão renascer? E que fiz eu senão desprendimento? E que fiz eu senão confiar? E que fiz eu senão amar?

E hoje estou de volta a casa, preparada para começar uma nova semana e zelando pela ligeireza da bagagem....

Hoje, Jesus também me diz a mim, e cada um de nós:

"Bom dia Meu Filho, Minha Filha!
Quando nasceste não trazias nada contigo. Foi uma forma de Eu te dizer que valias mais que tudo. Quando partires terás que largar tudo. É uma forma de Eu te dizer que tudo o que possuas não vale nada comparado contigo.
Por isso, enquanto peregrinares nesta terra, não te prendas a nada. Usa todas as coisas na medida em que te ajudarem na caminhada. Quando algo te pesar, olha bem a ver se não te agarraste tempo demais.
Lembra-te sempre que estás aqui de passagem. Põe os olhos no horizonte. Zela pela ligeireza da tua bagagem. Um dia ser-te-á pedido que largues a tua própria vida para poderes chegar ao pé de Mim. É bom que vás preparando a tua chegada.
Um abraço deste Pai que te ama"
João Delicado sj

Obrigada Pai, desta Filha que também tanto Te Ama! Obrigada pela semana que acabou ontem, obrigada pela catequese, obrigada pela noite de oração, obrigada pelos amigos, obrigada pelo acordar, obrigada pela viagem, obrigada pelo retiro, obrigada pelos adolescentes, obrigada pela partilha, obrigada pelos sorrisos, obrigada pela amizade, obrigada pelas irmãs, obrigada pelo comboio, obrigada pelas confidências, obrigada pela luz, obrigada pelos conselhos, obrigada pelo metro, obrigada pela avó, obrigada pelo avô, obrigada pelo tio, obrigada pela senhora, obrigada pela tia, obrigada pelas histórias, obrigada pelas gargalhadas, obrigada pelas primas, obrigada pela avó, obrigada pelo quente, obrigada pela chuva, obrigada pelo sol, obrigada pelo temor, obrigada pela confiança, obrigada pelas surpresas, obrigada pelo almoço, obrigada pelas lágrimas, obrigada pelas aprendizagens, obrigada pela mãe, obrigada pelo pai, obrigada pelo irmão, obrigada pela irmã, obrigada pelas ordenações, obrigada pela estrada, obrigada pelos encontros, obrigada pelo abraço, obrigada pelo reencontro, obrigada pelo pastel, obrigada pela viagem, obrigada pelo jantar, obrigada pelas compras, obrigada pelo amor, obrigada pela casa, obrigada pela chegada...
Obrigada por MIM, obrigada por seres Meu Pai :)

("Obrigada!" - exclamação que exprime agradecimento por algo dado/feito por AMOR)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Silêncio, por favor!

Só agora.. por favor! Só por breves instantes... SILÊNCIO!
Cada vez me apercebo mais de que há demasiado ruído à minha volta, demasiado barulho, demasiada confusão...
Shiuuuu! Só agora... por favor! Preciso de me ouvir para não me perder. Calem-se por uns instantes apenas. (Como conseguem ser felizes no meio desta barufunda? Não, não acredito que consigam. Apoiam-se numa felicidade ilusória.)
Ás vezes pergunto-me, o que valerá mais a pena.
Deverei lutar pela minha paz a tempo inteiro, ou pelo contrário estabelecer uma constante luta contra o mundo, que me faz perder a minha paz...tantas e tantas vezes?
Quem não luta, e quem não perde a paz de vez em quando, não sabe o que é a verdadeira paz, porque nunca esteve em guerra.
Há que saber lutar e conquistar o nosso espaço e convicções.
Isso é difícil, mas não é impossível.
Tira-nos a paz, é certo.
Deixa marcas.
(E porque estou eu a pensar, se pensar também dói?)
Mas só em Deus, descansa a minha alma.
Cansada, de tanto vos ouvir. Sim a vocês, que não sabem metade do significado daquilo que dizem ou sequer do que sentem, se é que sabem o que querem, ou porque estão no mundo?
Pequenez.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ontem telefonaram-me da Universidade Católica para fazer um inquérito!

Inquiridor: Se lhe pedissem para dar o nome de uma Fundação, qual a primeira Fundação de que se lembra?
Eu: Fundação Luiza Andaluz!
Inquiridor: Luiza Araújo?!
Eu: Não, não ANDALUZ! :D

Enfim, as perguntas seguiram-se e posso dizer que foi o melhor inquérito via telefone que alguma vez me tinham feito!

Parabéns UCP!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Não te admires que te odeiem

Esta manhã foi bem complexa... ou melhor, uma das aulas foi bem complexa!
Sociologia é bastante interessante, permite discussões muito "giras"...

Hoje estivemos a falar de Cultura, de normas e valores!
A propósito disto, "descobriu-se" que apenas uma aluna da turma vai almoçar à cantina. E tentou-se perceber quais as razões que levavam a maioria a não ir.
Desculpas, desculpas, e mais desculpas. Válidas? Algumas. Estúpidas? Outras. Preconceito? Sim. Conclusão? Talvez.

No fundo, é mesmo uma questão de "atitude", uma questão de "identidade"... quem vai almoçar fora da escola, fá-lo porque é mais "chique", porque está na "moda", porque a cantina só é frequentada por pessoas "necessitadas" e que "coitadinhas, não têm outra alternativa". Há pequenas grandes coisas que facilitam ou não a nossa integração num grupo.

As atitudes que tomamos são resultado dos valores que defendemos. Esses valores orientam a nossa acção. Somos nós coerentes ao ponto de agir de acordo com os valores que defendemos? Se sou contra o consumismo desenfreado, vou praticá-lo apenas para ser bem aceite socialmente? Se não concordo com certas formas de agir, vou agir da mesma forma apenas para ser integrada no grupo? Se muitos consideram o Domingo o pior dia da semana, vou juntar-me a eles para que gostem de mim? Não.

E hoje, mais uma vez surgiram muitos pontos divergentes ao longo da aula...

Se vou continuar a dar voz à minha opinião (muitas vezes contrária à maioria), mesmo que para isso me persigam? Sim. Se isso às vezes não é fácil? Claro!


E há pouco, numas visitas a um blog que gosto muito, encontrei esta carta de Jesus, que me responde a algumas coisas...

"Não te admires que te odeiem
Bom dia Meu Filho, Minha Filha!Se pensas que ser cristão é apenas estar bem com todo o Mundo andas bastante enganado. Se fosses do Mundo, o Mundo amar-te-ia. Mas tu não és do Mundo. Por isso, pode ser de estranhar que estejas bem com todos e que todos gostem de ti.

Se fores um cristão a sério a tua fé deixará um rasto de perplexidade; a tua liberdade interior tornar-se-á provocadora; a tua denúncia das injustiças tornar-se-á incómoda.

Por isso, não te admires que o Mundo te odeie. Não te admires que te ofendam, que te ataquem. Se perseguiram o Meu Filho também te perseguirão a ti. Será sinal de que estás a combater o Bom Combate.

Um abraço deste Pai que te ama
João Delicado sj"

Obrigada!

domingo, 15 de novembro de 2009

Coisas pendentes

Nova semana, novo dia de aulas..

A mala está feita desde sexta-feira, ou seja, nada mudou... Era suposto ter trabalhado, ter recuperado o que há muito está por fazer!

Não houve estudo, não foram feitos trabalhos de casa...

E eu cada vez gosto mais desta Família!

15.11.2009 (Hospital dos Capuchos - 15h)

Um abraço não é um abraço... é uma forma de dividir as alegrias e as tristezas!
Um beijo não é um beijo... são palavras de silêncio, um segredo que se diz!


Um abraço que eternize...

sábado, 14 de novembro de 2009

Oração

"Gott laβ meine Gedanken sich sammeln zu dir. Bei dir ist das Licht, du vergiβt mich nicht. Bei dir ist die Hilfe, bei dir ist die Geduld. Ich verstehe deine Wege nicht, aber du weiβt den Weg fϋr mich."

("Deus, reúne os meus pensamentos e direcciona-os para Ti. Em Ti está a luz, Tu não te esqueces de mim. Em Ti está o apoio e a paciência. Eu não entendo os Teus caminhos, mas Tu sabes o caminho para mim.")

Esta noite consegui descansar um bocadinho de tudo aquilo que me tem (pre)ocupado nos últimos dias e talvez por isso tenham voltado as saudades de Taizé. Sem hesitar, se pudesse, era lá que estaria. Preciso de ganhar forças para os dias tão perdidos na rotina.
Não me queixo da minha rotina aqui, mas prefiro a rotina de Taizé.
Mas se Taizé acendeu uma luz tão forte como acendeu (e já lá vai um ano e meio!), não devo deixá-la apagar-se.
Hoje, e não tarde demais, enquanto ouvia os cânticos, regressou a vontade de tudo. Volto a olhar com o espírito de quem espera ver, volto a lutar com a confiança de quem não pode perder. Celo compromissos e recomeço. É sempre tempo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O sofrimento, a doença e a morte fazem parte da vida.


Soa estranho falar destas coisas, não é?

Numa sociedade dominada pelas exigências da produtividade material e regida por critérios de utilidade, num mundo de bem-parecidos e corpos esbeltos e atléticos é esquisito aceitar como parte da vida social corpos desfeitos pela doença ou pessoas marcadas pela dor. Mas a vida humana nunca perde sentido nem dignidade, qualquer que seja a sua idade ou estado de existência.

A nota pastoral dos bispos portugueses, ontem publicada, sobre “Cuidar da vida até à morte” ajuda-nos a reflectir sobre isto. Tal como João Paulo II, na sua doença, foi disto mesmo um poderoso exemplo.

Lembram-se?... João Paulo II e tantos outros que, apesar de gravemente doentes ou profundamente limitados, abraçam com disponibilidade e misteriosa alegria as suas dolorosas circunstâncias.
Que o seu exemplo nos ajude a sair deste egoísmo que pretende esconder o sofrimento, como se ele não fizesse parte da vida!
Queremos uma sociedade com lugar para todos. Incluindo os doentes, os idosos e os que sofrem.

Aura Miguel
(Fonte: ‘Página 1’, grupo Renascença, edição de 13.11.2009)

É precisamente com isto que concordo :-)
Obrigada!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Um dia em imagens

Há poucas palavras...
Há muito cansaço...

LISBOA* 9h30 - O encontro com o tio no metro (nada é por acaso!)
Visita ao avô, que estava em casa...
Conversas sem nexo, outras com tanto sentido...
O (re)viver de outros tempos... mais de duas horas a jogar dominó com o avô!

* 11h45 - Encontro com a Adriana no Vasco da Gama...
Conversas, novidadades, explicações, sorrisos, amizade!
Mais uma vez a prova de que detesto ter de comprar roupa.. Não gosto da "moda", e não me apetece gastar horas e horas à procura de algo que me agrade...!
Almocinho :D

* 15h - Visita à avó...
Recuperação muito lenta...
Estive lá das 15h às 16h30, e novamente das 18h30 às 20h (hora das visitas).
Fazer companhia, estar, dar de comer, ouvir, falar, dar opinião, rezar...


* 16h30 às 18h30 - Que linda surpresa!
Meu Jesus, hoje entendi-te tão bem...! Obrigada...
Entrei e fui a primeira falar... tinha muito para Te dizer! Deixaste-me dizer tudo, e depois respondeste... Chorei, mas não foi de tristeza. Nem tristeza nem medo.. foi mesmo assim de quem chora porque ama! E depois, os cânticos mesmo especialmente para mim... Só para mim, onde só existíamos nós!


"Permanece junto de mim, ora e vigia"

TORRES VEDRAS* 22h30 - Chegada a casa, cansadíssima!



Oh não! Amanhã tenho aulas... :/