Reflexão ética - ocupa-se com o que devemos fazer, com as consequências que devem resultar das nossas acções e com o tipo de pessoas em que nos devemos tornar. Duas questões fundamentais constituem o seu objecto de estudo:
· O que é agir de uma forma moralmente correcta (o que torna as nossas acções correctas ou incorrectas)?
· Que tipo de vida devemos querer ter (o que torna moralmente valiosa a nossa vida)?
Ética normativa - dimensão da ética que procura esclarecer o que torna uma acção moralmente correcta ou valiosa. O objectivo da ética normativa é descobrir o princípio ético fundamental ou o critério que distinga acções morais de não morais avaliando as acções e as normas em que estas se baseiam.
Ética aplicada - disciplina ética que, baseada em princípios gerais normativos — como, por exemplo, «É moralmente correcto o que é útil» — trata de problemas concretos como a legitimidade moral do aborto, da eutanásia, da clonagem ou da guerra.
Metaética - disciplina ética que, além de analisar o significado dos nossos conceitos morais básicos, reflecte sobre o problema da justificação dos nossos juízos morais. Uma das principais questões da metaética é saber se podemos falar de juízos verdadeiros ou falsos em ética.
Teorias éticas - procuram reduzir a diversidade das normas morais concretas a um princípio geral, denominado fundamento, que nos diz como devemos agir, quais são os nossos deveres fundamentais, como avaliar juízos morais e como estabelecer prioridades no que respeita às normas morais que em casos concretos podem entrar em conflito. As teorias éticas, ao formularem e esclarecerem tais princípios, são importantes por várias razões:
· Os princípios éticos são o critério para caracterizar acções particulares como certas ou erradas, boas ou más.
· Os princípios éticos são o critério fundamental da correcção moral das normas que regulam os nossos actos.
· Precisamos de princípios éticos para decidir situações de conflito entre normas morais. d) Os princípios éticos definem como devemos viver para promover um determinado bem.
Argumentos morais - diferem dos argumentos não morais porque incluem pelo menos (há argumentos com mais premissas do que o apresentado) uma norma ou princípio moral como premissa e uma proposição moral como conclusão. A discussão moral centra-se muitas vezes na questão de saber se as proposições factuais são plausíveis ou verdadeiras, mas também pode haver desacordos quanto à norma moral expressa numa das premissas (é o caso de um princípio como «O suicídio é moralmente errado») e quanto ao significado dos conceitos utilizados.
Subjectivismo moral - teoria segundo a qual o valor de verdade dos juízos morais depende das crenças, sentimentos e opiniões dos sujeitos que os emitem. Os juízos morais exprimem sentimentos de aprovação e de desaprovação e dependem desses sentimentos. Não há verdades morais objectivas e universais.
Objecções:
· É auto-refutante.
· Torna ridícula a discussão acerca de questões morais, como cada pessoa tem a sua perspectiva acerca de um assunto, e todas as perspectivas são igualmente boas, não faz sentido tentar “impingir” as nossas teorias aos outros.
· Nenhum juízo moral é melhor que outro, todas as perspectivas são igualmente boas.
· Não existem juízos morais objectivos e todo e qualquer juízo moral pode ser verdadeiro.
· Promove a intolerância, pois suponhamos que eu considero moralmente errado o roubo e o João não, e o João me assalta. Ora ele não está a respeitar os meus princípios morais e está a ser intolerante.
Relativismo moral - teoria segundo a qual o valor de verdade dos juízos morais é sempre relativo ao que cada sociedade acredita ser verdadeiro ou falso.
Objecções:
· É auto-refutante.
· Torna ridícula a discussão acerca de questões morais, como cada sociedade tem a sua perspectiva acerca de um assunto, e todas as perspectivas são igualmente boas, não faz sentido tentar “impingir” as nossas teorias aos outros.
· Os reformadores morais tentam alterar a mentalidade das pessoas, e como as crenças da maioria dos membros da sociedade são a verdade moral, alterar a mentalidade de uma sociedade é moralmente incorrecto.
· Promove a intolerância em relação ao indivíduo, pois como a verdade absoluta é o parecer da sociedade, não interessa que a opinião de um indivíduo seja contrária à estabelecida
· Nem sempre o que uma sociedade considera verdadeiro o é, pois como se explicariam as constantes mudanças nas sociedades ao longo dos séculos?
Bons estudos!
A delegada incompetente>
PS-Deixem comentario!