sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O sofrimento, a doença e a morte fazem parte da vida.


Soa estranho falar destas coisas, não é?

Numa sociedade dominada pelas exigências da produtividade material e regida por critérios de utilidade, num mundo de bem-parecidos e corpos esbeltos e atléticos é esquisito aceitar como parte da vida social corpos desfeitos pela doença ou pessoas marcadas pela dor. Mas a vida humana nunca perde sentido nem dignidade, qualquer que seja a sua idade ou estado de existência.

A nota pastoral dos bispos portugueses, ontem publicada, sobre “Cuidar da vida até à morte” ajuda-nos a reflectir sobre isto. Tal como João Paulo II, na sua doença, foi disto mesmo um poderoso exemplo.

Lembram-se?... João Paulo II e tantos outros que, apesar de gravemente doentes ou profundamente limitados, abraçam com disponibilidade e misteriosa alegria as suas dolorosas circunstâncias.
Que o seu exemplo nos ajude a sair deste egoísmo que pretende esconder o sofrimento, como se ele não fizesse parte da vida!
Queremos uma sociedade com lugar para todos. Incluindo os doentes, os idosos e os que sofrem.

Aura Miguel
(Fonte: ‘Página 1’, grupo Renascença, edição de 13.11.2009)

É precisamente com isto que concordo :-)
Obrigada!

9 comentários:

Anônimo disse...

A Vida é um grande e profundo tesouro em qualquer circunstancia é sempre um tesouro.
E o tesouro é tanto mais valioso quando se partilha.
Com amizade fraterna
Ir. Ana Cristina

Alex Fernandes disse...

Concordo! :)
O sofrimento, a doença e a morte - como referes no título fazem parte da nossa vida.
As pessoas têm cada vez mais receio de abordar esses assuntos, mas numa vida, essas três coisas vão ter de acontecer e ninguém gosta de falar disso...

António Valério,sj disse...

Também concordo! A Vida inclui todos os momentos e todos têm o mesmo direito à sua profundidade. Não podemos simplesmente iludir que a nossa vida chega ao fim e que tem sofrimento. Há um passo a dar na aceitação do que a Vida é, mas percebo que em tantas situações é tão difícil. Não matar, mas ajudar com amor a viver tudo, é um desafio enorme.

Sónia pddm disse...

Tudo isto me leva a perguntar: Quem é o outro para mim? Se é um "objecto" que utilizo enquanto me dá jeito ou se é uma pessoa que sou chamada a acolher e a amar? Se a resposta é esta última então a vida ganha outro sabor, então vida tem outro sentido e assim, tb o sofrimento, a doença e a morte.
É esta a resposta que procuro dar dia após dia...

Ritinh@ disse...

Olá Ir. Cristina!
E eu Amo este Tesouro!!!!

E todos os que dele fazem parte...

Com amizade
ana rita

Ritinh@ disse...

Querido Alexandre...
O sofrimento, a doença e a morte, não só fazem parte da vida, como são VIDA :D
Isto é que por vezes pode custar a entender.. mas é belo!

Ritinh@ disse...

Olá António,
Um dia a sociedade irá concordar... todos iremos perceber melhor a vida...

"ajudar com amor a viver tudo", como o António diz...
é de facto um desafio enorme!

Anônimo disse...

Olá Irmã Sónia!
Obrigada, muito obrigada por me ter interrogado também a mim...

Só iremos amar realmente, no dia em que olharmos para o outro, como sendo "nós"..

é isto que procuro olhar dia apos dia, mas nem sempre é fácil...

Ritinh@ disse...

Olá Irmã Sónia!
Obrigada, muito obrigada por me ter interrogado também a mim...

Só iremos amar realmente, no dia em que olharmos para o outro, como sendo "nós"..

é isto que procuro olhar dia apos dia, mas nem sempre é fácil...