Nostalgias e afins...

Hoje, escrevo sobre "ontem"...!

Divido o dia de ontem em quarta partes...

A manhã, momento de "até um dia destes".. momento de balanço sobre o ano lectivo que finda...! Ficou o meu silêncio... em vez das palavras que poderiam ter ecoado..!

“Às vezes é preciso respirar fundo e esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então alinhar as ideias, usar a cabeça e esquecer o coração, dizer tudo o que se tem a dizer, não ter medo de dizer não, não esquecer nenhuma ideia, nenhum pormenor, deixar tudo bem claro em cima da mesa para que não restem dúvidas e não duvidar nunca daquilo que estamos a fazer”. Margarida Rebelo Pinto

Ainda a aula de "Moral" do 7ºano.. Aquela turma é mesmo especial... Todos eles, individualmente! Gosto tanto daquelas aulas...

De tarde, a chuva trocou-me as voltas... e acabei por chegar até à Biblioteca Municipal..!

Mesmo bom :D

"Estive" com duas pessoas realmente especiais...

Querida Sara, obrigaste-me a reflectir imenso acerca do "futuro"... Confesso que ainda me deixaste mais confusa.. e agradeço..! Muito obrigada!!!

Marina, há quanto tempo... já estava farta de estar sentada, e decidi apenas levantar-me e dar uma volta de 1 min... essa volta foi o suficiente para te ver! Para a próxima, com mais tempo.. espero!

Ao entardecer, as "Graças" pelo dom da Vida do nosso Prior (Pe. Paulo)...

"Não somos nós que fazemos os anos, são os anos que nos fazem a nós!"

E por último.. a noite..!

Não imaginava o que me esperava... mesmo..!

Sendo uma verdade que "o tempo não traz de volta o que o tempo leva", por vezes é bom ir renovar o passado. Percorrer locais que em tempos habitámos... Entrar neles lentamente, quase em reverência. Pisar o chão devagarinho, para não acordar o presente. Sorrir ao vazio em conforto melancólico. E apesar de tudo o que o tempo ali mudou, saber ainda refazer cada passo, reconhecer cada momento passado em cada sala, a árvore que falta, saber ainda das alegrias, do lugar dos medos, escutar as gargalhadas, os passos, o roçar das malas e dos casacos como se naquele momento connosco se cruzassem. Invisível observadora, como sempre o presente o é no passado, busco neste tipo de viagens temporais não os lugares, mas a mim mesma. Revisitei quem fui, relembrei um certo tipo de inocência, de optimismo e de limpidez no olhar e no final sorri a quem fui, com a maturidade e a sabedoria do presente...

E cada corredor que percorria, novas lágrimas secas me inundavam a alma.. Rodei todas as maçanetas, nenhuma cedeu à minha vontade..! Foi melhor assim... já era tarde e tinha medo de me perder em mim, e de ali ficar... ali, em mim...